segunda-feira, 22 de junho de 2009

Grupo Nós

O Grupo Nós é formado por pesquisadores de diversas áreas do saber, associados à Cidade do Conhecimento, que investigam as relações no ciberespaço voltadas para a ativação da inteligência coletiva em contextos educacionais.

Rede aan! recomenda : http://www.gruponos.net/blog/?page_id=13

domingo, 21 de junho de 2009

Esboço para se discutir as práticas culturais em Sete Lagoas

O que está dando certo e o que pode dar errado nas práticas culturais da cidade Mineira de Sete Lagoas?

*Demétrius Cotta

É remanescente a discussão a respeito da fusão da secretaria de cultura com a de Educação. Lembro-me muito bem dessa tentativa da administração publica municipal, anterior a essa atual, de efetuar essa fusão.

Lembro-me também da atuação do CMC (Conselho Municipal de Cultural – SL) em levar esse item para a pauta e discutir a respeito e o que os conselheiros acharam: “- Não deveria acontecer essa fusão (...).”
Porém o assunto não é sobre a fusão da educação e cultura e sim sobre a defasagem de ação atributiva ao cargo de Secretario de Cultura e Comunicação.
É certo que os valores de ambas as pastas são equivalentes e convergentes e que uma não vive sem a outra. Nesse sentido acredito ser possível viabilizar um diagnóstico mais aprofundado dos obstáculos e das facilidades que a integração de ambas as categorias em um município poderia acarretar.
Acredito que a competência da Secretaria de Planejamento (ou outra), poderá aquilatar o ganho real da integração de ambas, prevendo o nível de complexidade e os custos aproximados para atingi-la. Não iríamos muito longe se não levarmos em consideração um pouco de antropologia organizacional e analisar as redes organizacionais existentes na cidade mineira de Sete Lagoas, daí, seria um pulo para identificarmos os colaboradores chaves, inovação, e motivação, usando inclusive as redes informais de expertise, cooperação, confiança, “tradição” (...) como informação estratégica, tanto para o redesenho estrutural, quanto para esse monitoramento integracional; e se os frutos dessa integração foi ou tem sido benéfico para valorização da tentativa de se incorporar uma política cultural no município. Sem esse diagnóstico, acredito que se deveria retomar a discussão em torno do conceito “Integração Pós Fusão”. Como sugestão está numa boa hora de se pensar no assunto levando em consideração a inteligência em desenvolver insumos desse monitoramento de integração da secretaria de Cultura (Comunicação) pelo seu secretário; Fred Antoniazzi e até mesmo pelo secretário de Planejamento.
Que me perdoem os escolhidos para os respectivos cargos supra citados; mas no caso torna-se de fundamental importância a definição de um plano de integração cultural com a pasta de “Comunicação e Cultura”, e tanto internalizar como externalizar ferramentas de gestão colaborativa do conhecimento - como foi iniciado - e esperamos resultados - pela realização do Fórum Cultural de Sete Lagoas que acenou timidamente por mobilizações do capital humano da nova organização cultural que se inicia.
Após tudo organizado nos seus devidos lugares lanço aqui o desafio de se efetivar a famigerada fusão entre as duas pastas e sucessivamente como plano de ação; se valendo das “CoP’s” (Comunidade de Práticas) como agentes de atividades de integração e que por sua vez é uma ferramenta utilizada pelo ambiente educacional e que muito traz contribuição às gestões compartilhadas em busca de resultados. Nesta perspectiva, seriam processos que levariam - previamente em consideração - a integração dos capitais humano, cultural e social das organizações; ou a separação de ambas as pastas; a de Cultura e Comunicação.

A Rede aan!
www.redeaan.blogspot.com não se furta o dever de contribuir com o cidadão Sete Lagoano e desenvolve seus estudos objetivando influenciar pelo mundo virtual, esse cidadão local e o nacional, através de uma comunidade de 40 blogs voltados para processos discursivos aos ideais de implantação de uma política cultural que satisfaça ou que dissemine o assunto cultural como responsabilidade social, não só dos governos , mas do cidadão consciente e participativo.

Sobre as CoP’s temos um blog voltado sobre o assunto: www.copratica.blogspot.com, além de muitos outros que propõem a imersão total em assuntos altamente definidos como inclusivos e fundamental para a adaptação num meio externo cada vez mais exigente.
*Demétrius Cotta
Educador Social
Comunicador Social


Neli Maria Mengalli/ CoP

O que são comunidades de prática ?
Jul 13, 2006 at 12:07 AM
Conceitualização de Comunidade de Prática (CoP)[i]
Neli Maria Mengalli
mengalli@uol.com.br
nmmengalli@yahoo.com.br

Concepções de trabalho baseados em grupos ou equipes foram introduzidas, muito estudadas e teorizadas nas décadas de 70 e 80. Desde essa época, tarefas com essa característica foram motivos de investigação acadêmica e muitas teorias surgiram. Ainda estão em estágios iniciais de aprendizado: a inserção e o gerenciamento de comunidades que tem como componente a prática.
O conceito de Comunidade de Prática (CoP) foi “cunhado” pelo teórico organizacional Etienne Wenger[1] como comunidades que reuniam pessoas unidas informalmente – com responsabilidades no processo – por interesses comuns no aprendizado e principalmente na aplicação prática do aprendido.
Segundo McDermott, Comunidades de Prática (CoP) também podem ser definidas como agrupamento de pessoas que compartilham e aprendem uns com os outros por contato físico ou virtual, com um objetivo ou necessidade de resolver problemas, trocar experiências, desvelamentos, modelos padrões ou construídos, técnicas ou metodologias, tudo isso com previsão de considerar as melhores práticas (McDERMOTT, 2000).
Na década de 90, Stewart enfatiza que essas comunidades têm características especiais e as define como grupos que aprendem. Emergem de iniciativa própria, pessoas por força social e profissional colaboram diretamente e aprendem umas com as outras (Stewart, apud Pretto, 2004:46).
Mais que comunidades de “aprendentes”, a Comunidade de Prática (CoP) pode ser uma “comunidade que aprende”, pois são compostas por pessoas que têm compromisso de agregar as melhores práticas. Wenger afiança que uma Comunidade de Prática (CoP) não é tão somente um agregado de pessoas definidas por algumas características, são pessoas que aprendem, constroem e “fazem” a gestão do conhecimento (Wenger, 1998).
Tendo em vista que o conhecimento e a aprendizagem têm um caráter social e são construídos por indivíduos, as Comunidades de Prática (CoP) tendem a ter identidade própria e, se bem desenvolvida, podem desenvolver uma linguagem própria permitindo aos membros uma melhor comunicação e afirmação na identificação. Faz referência as maneira como os partícipes trabalham em comunhão ou como se integram de modo voluntário.
O objetivo de participar desse “novo local” é uma necessidade autêntica de aprender com outros membros em um ambiente de aprendizado forte, que tem como base a troca de informações – de modo síncrono ou assíncrono. Os encontros podem ser regulares ou não, em locais fixos com “agendamento” prévio ou não e virtuais ou reais, porém podem reunir pessoas que jamais se encontrariam de outra forma para aprenderem juntas.
Ao apoiar a formação desse tipo de comunidade, a instituição – órgão ou organização – tende a verificar o conhecimento de modo estratégico que pode ser revertido na prática docente e gestora, pois tem a tendência de ser construído e gerido na ação (dados trazidos para a discussão) para a reflexão (gestão do conhecimento construído) e no retorno à prática (conhecimento explícito internalizado – conhecimento tácito).
A conversão acima descrita tende a crescer na interação do conhecimento tácito entre indivíduos, principalmente através da observação, imitação e prática, tendo como acionador a prática compartilhada (Fleury, M. & Oliveira Júnior, M., 2001:140). Conexões significativas podem conduzir os indivíduos a estágios de criatividade muito maior que poderiam alcançar sozinhos[2].
Gerir e compartilhar conhecimento faz parte do conceito de Comunidade de Prática (CoP), partilhar, no contexto da estrutura social e temática. Dessa forma, essas comunidades podem ir além dos limites tradicionais de coligação ou conjunto de trabalho, bem como espaço físico e geográfico. As relações de contribuição têm um caráter espontâneo, não hierarquizado e autogerido. Costumam desenvolver-se com colaboradores e gestores que tendem a ter um grau de confiança muito elevado, uma vontade de aprender uns com os outros e uma participação responsável.
Podem ser “fórum” para apoio a decisões que necessitam de uma discussão mais elaborada e podem definir “fragmentos” de conhecimento de participantes que buscam deixar o senso comum para serem aptos a decodificar e codificar o conhecimento tácito mais científico.
A oferta de ambientes de aprendizado confiáveis e a oportunidade de “contactar” pessoas com interesses, formação da idéia, desafios, problemas ou motivações similares podem ser um dos atrativos desse tipo de comunidade, alia a valorização da participação e iniciativa individual.
A melhoria da infra-estrutura para auxiliar a comunicação entre os membros e a promoção de uma criação de novos papéis para o acesso e a manutenção de comunidade são requisitos para aumentar a existência desse ambiente colaborativo. Terra escreveu sobre os quinze princípios para o desenvolvimento e suporte às Comunidades de Prática (CoP), acrescenta que essas comunidades são fenômenos recentes e que é possível que surjam muitas Comunidades de Prática (CoP), bem como desenvolvimento pela teoria organizacional de tipologias e processos de gestão específicos para essas comunidades (Terra, 2003).

Estágios das Comunidades de Prática (CoP)

O importante nas Comunidades de Prática são os conteúdos, ou seja, os aprendizados como experiência através dos processos de negociação e re-negociação e de significação e re-significação e as modificações[3] das competências, habilidades e saberes individuais que podem interferir no exercício de pertencimento do indivíduo na comunidade.
Cada estágio do ciclo da Comunidade de Prática (CoP) é distinguido por processos diversos, por formas de interação variadas e por relacionamentos que se formam. O início é marcado pelo desvelamento dos interesses e pela preparação do ambiente, os estágios seguintes poderão ser vistos no esquema abaixo, fruto de uma re-leitura no Cmap do esquema feito por Wenger (1998):


No processo de expansão, os membros definem os objetivos e o “como fazer”; no estágio de maturação, enfatiza-se a responsabilidade pelas práticas, através de padrões e agendas, motivo pelo qual há um aumento nas atividades. O funcionamento por ciclos de atividades é um dos motivos das renovações dos interesses, disponibilizando-se momentos para a formação de novos participantes. Nessa fase, a comunidade se caracteriza como Comunidade de Prática (CoP), no entanto o cuidado no ápice deve ser com a dispersão, o número de membros aumenta e as “conversas paralelas” fortificam laços com interesses diversos podendo causar a dissolução da comunidade.
Mediadores, co-mediadores e participantes centrais devem fazer a mediação para evitar a evasão e a mudança de interesses em relação ao projeto inicial. A gestão do conhecimento, o “filtro” das informações e a publicação dos dados devem ser acautelados na divulgação de materiais novos na Comunidade de Prática (CoP), o excesso de informação, muitas vezes, não é bem administrado por todos, todavia novos dados devem ser disponibilizados para todos os usuários.
Protagonistas novos começam a surgir, o gestor de conteúdos, por exemplo, deverá ser o disseminador das informações, promovendo o compartilhamento entre os membros. As participações registradas nas interações são construídas a partir de afinidades por conhecimento em processos de troca (Lévy, 2000).
Comunidades de Prática (CoP) são “locais” de participação em que os membros compartilham um entendimento relativo ao que fazem ou conhecem, trazendo uma significação e/ou re-significação para as vidas particulares e para outras comunidades (Wenger & Lave, 1991).

Referências:

FLEURY, M. & OLIVEIRA JUNIOR, M. (org.). Gestão do Conhecimento Estratégico – Integrando Aprendizagem, Conhecimento e Competências. Editora Atlas, São Paulo, 2001.
INOUE, A. M.. Avaliação do potencial de um ambiente de interação virtual como facilitador da comunicação em comunidades de prática de uma organização de pesquisa – estudo de caso da Embrapa. Orientador: Prof. Dr. Paulo Sérgio Vilches Fresneda. Brasília-DF. UCB/MCGTI, 2003. 143p. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação)
LAVE, J., WENGER. E. Situated learning: legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press, 1991.
LEVY, P. Cibercultura. Rio de Janeiro. Ed. 34. 2000.
McDEMOTT, R. Why information technology insíred but connot deliver knowledge management. In: Lesse. Knowledge and communities. Woburn: Butterworth-Heinemann, 2000.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. GOVERNO FEDERAL, Sociedade da informação no Brasil - livro verde, MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, Governo Federal do Brasil, Brasília, Setembro, 2000.
MORAES, M.C. O Paradigma educacional emergente. São Paulo. Tese de doutorado. Programa de Educação-Supervisão e Currículo. PUC. 1996.
NONAKA, I., TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
PANITZ, T. A definition of collaborative vs cooperative learning. The Deliberations website, London Guidhall university, 1996. Disponível no endereço:
http://www.igu.ac.uk/deliberations/coll.learning/index.cgi. Acessado em 06/09/2004.
PRETTO, A. B. de O. Potencializando a aprendizagem cooperativa através das Comunidades de Prática. Universidade Católica de Brasília – UCB. Orientador: Prof. Dr. Rogério Alvarenga. Brasília-DF. UCB/MCGTI, 2004. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação).
TAJRA, S. F. Comunidades virtuais: Um fenômeno na Sociedade do Conhecimento. São Paulo: Ed. Érica. 2002.
TEIXEIRA FILHO, J. Gerenciando o conhecimento. Rio de Janeiro: Ed. SENAC. 2000.
Terra, J. C., Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial, Negócio Editora, Segunda edição, 2001.
____________. Comunidade de Prática: conceitos, resultados e métodos de gestão. 2003. Disponível em: <
http://www.terraforum.com.br/lib/pages/viewdoc.php?from=map&l_intDocCod=98 >. Acessado em 06/09/2004.
WENGER, E. Communities of practice: learning, meaning, and identity. New York: Cambridge University Press, 1998.
WENGER, E. & Snyder, W. M. Communites of Pratice: The Organizational Frontier. Harvard Business Review, jan-feb., 2000, p. 139-145.
WENGER, E., McDERMOTT, R., SNYDER, .M. Cultivating communities of practice: a guide to managing knowledge, Boston: Harvard Business School Press, 2002
--------------------------------------------------------------------------------
[1] WENGER, E. & Snyder, W. M. Communites of Pratice: The Organizational Frontier. Harvard Business Review, jan-feb., 2000, p. 139-145.
[2] TERRA, J. C. C. Comunidade de Prática: conceitos, resultados e métodos de gestão. 2003. Disponível em:
http://www.terraforum.com.br/lib/pages/viewdoc.php?from=map&l_intDocCod=98.
[3] A configuração social das relações com as práticas, com a comunidade e com a significação agindo sobre a construção da identidade.

--------------------------------------------------------------------------------
[i] Elaboração de conceitualização de Comunidade de Prática (CoP)
Estudo feito por Neli Maria Mengalli – Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC – SP
setembro de 2004

Para Lula, Programa Mais Cultura é a primeira política cultural do Brasil — Agência Brasil - EBC

O presidente pediu ainda que a sociedade cobre do governo a execução do Mais Cultura. "Não permitam que nós não cumpramos esse programa".

Continue lendo e cobrando:http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/04/materia.2007-10-04.5959917276/view

Para Lula, Programa Mais Cultura é a primeira política cultural do Brasil — Agência Brasil - EBC